A Teoria Ator-Rede aplicada às Tecnologias Sociais: construindo redes sem pontos de passagem obrigatórios

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.48160/18517072re52.102

Palabras clave:

Teoria Ator-Rede, Tecnologia Social, Inovação Inclusiva, Adequação Sociotécnica, Estudos de Ciência e Tecnologia

Resumen

O presente artigo apresenta um conjunto de reflexões acerca da aplicação da Teoria Ator-Rede (TAR) em casos já estudados de tecnologias sociais, compreendidas como intervenções sociotécnicas envolvendo indivíduos, grupos ou comunidades em contextos informais de produção de conhecimento e orientadas à promoção da inclusão social. Buscamos, aqui, mostrar como a TAR pode ser útil no estudo de experiências dessa natureza e contribuir, assim, para a análise de tecnologias sociais. Além disso, o artigo tem como objetivo apontar os limites da TAR quando se analisa tecnologias sociais, especialmente nos casos que se enquadram nos princípios da Adequação Sociotécnica e visam a autonomia dos usuários. Por fim, propomos conceitos que deem conta dessas limitações e contribuam para a análise de tecnologias sociais e inovação inclusiva, como o conceito de caixa-aberta e ponto de passagem não-obrigatório. Esperamos que com isso a TAR possa ser utilizada com mais frequência na análise de Tecnologias Sociais e Inovações Inclusivas, já que as suas limitações são em grande parte superadas com a adoção desses conceitos.

Citas

Akrich, M. (1992), “The De-Scription of Technical Objects”. En Bijker, W. y Law, J. (Eds.) Shaping Technology, Building Society: Studies in Sociotechnical Change. Cambridge, USA: The MIT Press, pp. 205-224.

Bloor, D. (1998), Conocimiento e imaginario social. Barcelona: Gedisa.

Bijker, W.; T. Pinch y T. Hughes (eds.) (1987), The Social Construction of Technological Systems: New Directions in the Sociology and History of Technology. Cambridge y Londres: The MIT Press.

Boufleur, R. (2007), Fundamentos da Gambiarra: a Improvisação Utilitária Contemporânea e seu Contexto Socioeconômico. Universidade de São Paulo, SP (doctoral thesis).

Callon, M. (1980), “The State and technical innovation: A case study of the electrical vehicle in France”, Research Policy, 9, (4), pp. 358-376.

Callon, M. (1986), “Some Elements of a Sociology of Translation: Domestication of the Scallops and the Fisherman of St Brieuc Bay”, The sociological review, 32, (S1), pp. 196–233.

Callon, M. (1991), "Techno-economic Networks and Irreversibility". En Law, J. (Ed.) The Sociological Review Monograph 38 – Sociology of Monsters: Essays on Power, Technology, and Domination. Londres: Routledge, pp. 132-161.

Collins, H. (1981), “Stages in the empirical programme of relativism”. Social Studies of Science, 11, pp. 3-10.

Collins, H. y Pinch, T. (1998), The golem: what you should know about science. Cambridge [England]: Cambridge University Press.

Collins, H. y Pinch, T. (1998b), The golem at large: what you should know about technology. Cambridge, UK: Cambridge University Press.

Costa, A. y Abresu, K. (2013), “O programa Água Doce: transformando uma tecnologia convencional em tecnologia social”. En Costa, A. B. (org.), Tecnologia Social y Políticas Públicas. San Pablo: Instituto Pólis, Gapi, Unicamp, pp. 153-184.

Dagnino, R. (2008), Um Debate sobre a Tecnociência: Neutralidade da ciência e Determinismo tecnológico. Campinas: Editora da Unicamp.

Dagnino, R. (2014), Tecnologia Social: contribuições conceituais e metodológicas. Campina Grande: EDUEPB.

Dagnino, R. (org.) (2009), Tecnologia social: ferramenta para construir outra sociedade. Campinas, San Pablo: IG/UNICAMP.

Dagnino, R., Brandão, F. y Novaes, H. (2004), "Sobre o marco analítico conceitual da tecnologia social". En Lassance Jr. et al. Tecnologia Social – uma estratégia para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Banco do Brasil, pp.15-64.

de Laet, M. de y Mol, A. (2000), “The Zimbabwe Bush Pump: Mechanics of a Fluid Technology”, Social Studies of Science, 30, (2), pp. 225-263.

Dias, R. (2013), “Tecnologia social e desenvolvimento local: reflexões a partir da análise do Programa Um Milhão de Cisternas”, Revista Brasileira De Desenvolvimento Regional, Blumenau, 1, (2), pp. 173-189.

Feenberg, A. (2002), Transforming technology. Oxford: Oxford University Press.

Fressoli, M., Garrido, S., Picabea, F., Lalouf, A., y Fenoglio, V. (2013), “Cuando las transferencias tecnológicas fracasan. Aprendizajes y limitaciones en la construcción de Tecnologías para la Inclusión Social”, Universitas humanística, 76, pp. 73-95.

Fressoli, M., Around, E., Abrol, D, et al. (2014), “When grassroots innovation movements encounter mainstream institutions: implications for models of inclusive innovation”, Innovation and Development, 4, (2), pp. 277-292.

Gauntlett, D. (2011), Making is Connecting: the Social Meaning of Creativity, from DIY and Knitting to YouTube and Web 2.0. Cambridge: Polity Press.

Herrera, A. (1983), Transferencia de tecnología y tecnologías apropiadas. Contribución a una visión prospectva a largo plazo. Campinas, Unicamp, mimeo.

Hippel, V. (2005), Democratizing Innovation. Cambridge: MIT Press.

Hughes, T. (1987), “The Evolution of Large Technological Systems”. En Bijker, W.; T. Pinch y T. Hughes (eds.) (1987), The Social Construction of Technological Systems: New Directions in the Sociology and History of Technology. Cambridge y Londres: The MIT Press, pp. 51-81.

Jesus, V. B. y Bagattolli, C. (2013), “Integração de tecnologias sociais: reflexões sobre práticas iniciais”. En Costa, A. B. (org.) Tecnologia Social y Políticas Públicas. Unicamp, San Pablo: Instituto Pólis, Gapi- Unicamp.

Latour, B. (1988), The Pasteurization of France. Cambridge: Harvard University Press.

Latour, B. (1994), Jamais Fomos Modernos. Rio de Janeiro: Ed. 34.

Latour, B. (2000), Ciência em ação: Como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo: UNESP.

Latour, B. (2001), A Esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos científicos. Bauru, SP. EDUSC, 2001.

LATOUR, B. (2012), Reagregando o Social: uma introdução à teoria do Ator-Rede. Salvador: Edufba; São Paulo: Edusc.

Law, J. (1986), “On the methods of long distance control vessels, navigation and the portuguese route to India”, Sociological Review Monograph, 32, (1), pp. 234-263.

Law, J. (1999), Actor Network Theory and After, Oxford: Blackwell.

Law, J. (2003), Notes on the Theory of the Actor Network: Ordering, Strategy and Heterogeneity. Lancaster: Centre for Science Studies, Lancaster University.

Law, J. (2007), "Actor Network Theory and Material Semiotics", version of 25th April 2007, disponible en http://www. heterogeneities. net/publications/Law2007ANTandMaterialSemiotics.pdf

Novaes, H. y Dias, R. (2009), “Contribuições ao Marco Analítico-Conceitual da Tecnologia Social”. En Dagnino, R. (org.) (2009), Tecnologia social: ferramenta para construir outra sociedade. Campinas: SP. IG/UNICAMP.

Pearce, J. (2012), The case for open source appropriate technology. Environment, Development and Sustainability, 14, (3), pp. 425-431.

Pinch, T. y Bijker, Wiebe E. (1987), “The social construction of facts and artifacts: or How the Sociology of Science and the Sociology of Technology might benefit each other’’. En Bijker, W.; T. Pinch y T. Hughes (eds.) (1987), The Social Construction of Technological Systems: New Directions in the Sociology and History of Technology. Cambridge y Londres: The MIT Press.

Schumacher, F. (1973), Small is beautiful: Economics as if people mattered. New York: Harper y Row.

Silva, R., y Peron, A. (2011), Processo de produção de biocombustível”. Portal de Tecnologías Sociales, Buenos Aires, p. 1 – 1, 11 jul. 2011.

Thomas, H. (2008), Tecnologías para la inclusión social y políticas públicas en América Latina. Grupo de Estudios Sociales de la Tecnología y la Innovación, IESCT/UNQ, CONICET.

Thomas, H. (2012), “Tecnologías para la inclusión social en América Latina. De las tecnologías apropiadas a los sistemas tecnológicos sociales. Problemas conceptuales y soluciones estratégicas”. En Thomas, H. Fressoli, G. (ed.), Tecnología, Desarrollo y Democracia. Nueve estudios sobre dinámicas socio-técnicas de exclusión/inclusión social. Buenos Aires: Ministerio de Ciencia, Tecnología e Innovación Productiva, pp. 25-78.

Thomas, H., Juarez, P., Picabea, F. (2015), “¿Qué son las Tecnologias para la Inclusión Social?”. Bernal: Colección Tecnologia y Desarrollo, Instituto de Estudios sobre la Ciência y la Tecnologia.

Thomas, H., y Becerra, L. (2018), “Ciencia, tecnología y cooperación: de la innovación competitiva al desarrollo inclusivo” En Thomas, H., Juarez, P. (orgs.) Tecnologías públicas. Estrategias políticas para el desarrollo inclusivo sustentable. Bernal: Universidad Nacional de Quilmes.

Winner, L. (1985), “Do Artifacts Have Politics?”. En Mackenzie, D. et al. (eds.) The Social Shaping of Technology. Philadelphia: Open University Press.

Descargas

Publicado

2022-07-05

Cómo citar

Rossi Lorenzi, B., de Brito Dias, R., & Haddad Novaes de Andrade, T. (2022). A Teoria Ator-Rede aplicada às Tecnologias Sociais: construindo redes sem pontos de passagem obrigatórios. Redes. Revista De Estudios Sociales De La Ciencia Y La Tecnología, 27(52). https://doi.org/10.48160/18517072re52.102

Número

Sección

Artículos