A tecnologia e o controle do tempo nas dinâmicas de trabalho: da Revolução Industrial ao Neoliberalismo
DOI:
https://doi.org/10.48160/18517072re51.45Palavras-chave:
Tempo, Precarização do trabalho, NeoliberalismoResumo
A tecnologia e o controle do tempo se encontram presentes nas dinâmicas de trabalho, regulando as atividades dos trabalhadores desde a Revolução Industrial até o Neoliberalismo. Desta forma, as relações com o trabalho são mediadas pelo tempo com o desenvolvimento de maiores recursos de gestão pela tecnologia implantada. Observam-se impactos não só na forma mais no conteúdo do trabalho, gerando uma profunda mudança social nas formas de vida. Objetivou-se fazer uma relação entre a teoria marxista no que diz respeito a aspectos da influência da tecnologia na transformação das relações de trabalho contemporâneas que mostram os avanços do capitalismo e seus efeitos na subjetividade e nos sentidos atribuídos ao mundo do trabalho. O sentimento de aceleração do tempo mostra como tudo parece estar mais rápido e como vive-se com medo e com a sensação de ansiedade e insegurança cada vez maior pela falta de tempo. Conclui-se que as dinâmicas do trabalho neoliberal apontam perversidades nas diferentes formas de precarização atreladas por meio do maior controle do tempo da vida em prol da máxima produtividade. Destaca-se a relevância da discussão acerca do controle do tempo como forma de exploração de trabalho no sistema capitalista, visto que esta dimensão influencia a precarização da própria vida dos trabalhadores na lógica neoliberal.
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