Sinalizando a etnografia como estratégia para a compreensão da ação técnica do engenheiro em empresas da Microrregião de Blumenauão da ação técnica do engenheiro em empresas da região do Vale do Itajaí

Autores

  • Jamille Gabriely Bezerra Rodrigues de Melo Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, de Ciências Exatas e Educação, de Blumenau
  • Juliana Teixeira Coelho Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, de Ciências Exatas e Educação, de Blumenau
  • Kerolyn Paula Freire Wirmond Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, de Ciências Exatas e Educação, de Blumenau
  • Vinícius Henrique dos Santos Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, de Ciências Exatas e Educação, de Blumenau
  • Brenda T. P. de MATOS Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, de Ciências Exatas e Educação, de Blumenau
  • Marilise L. M. dos Reis SAYÃO Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, de Ciências Exatas e Educação, de Blumenau

DOI:

https://doi.org/10.48160/18517072re51.39

Palavras-chave:

Engenharia, Etnografia, Sociotecnica, Estrategias de formasao

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar os resultados de uma investigação de cunho sociotécnico voltada a compreender o trabalho do engenheiro no seu espaço de trabalho, lançando um olhar interdisciplinar sobre os processos de concepção e desenvolvimento de processos e produtos. Trata-se de uma pesquisa de campo, na qual foram investigadas questões que remetem à ação técnica do engenheiro em algumas empresas têxteis da região do Vale do Itajaí. Discutiu-se o contexto atual da formação em engenharia, e, mediante um esforço de aproximação ao método etnográfico no âmbito das empresas, associado a entrevistas e questionários, buscou-se apreender as práticas observadas no que tange a objetos técnicos e não técnicos, para se utilizar tal conhecimento no ensino de engenharia, considerando a tecnologia e as inovações tecnológicas como resultantes de toda uma rede de relações. Os resultados indicaram que a ação técnica, empreendida pelos engenheiros-alvo desta investigação, desenvolve-se dentro de uma rede de relações entre objetos, cujos porta-vozes são pessoas ou grupos sociais. Nessa medida, suas práticas demandam habilidades e competências de liderança, relacionamento interpessoal, trabalho em equipes multidisciplinares, comunicação, atitude investigativa, dentre outras, e o conhecimento delas pode ampliar o horizonte dos estudantes acerca da abrangência do seu trabalho profissional.

Referências

Andion, C. y M. Serva (2006), “A etnografia e os estudos organizacionais”, en Godoi, C; Bandeira-de-Mello, R. y A. Silva (orgs.): Pesquisa Qualitativa em Estudos Organizacionais: Paradigmas, Estratégias e Métodos, San Pablo, Saraiva, p. 147-179.

CNE: Conselho Nacional de Educação (2002), Resolução CNE/CES 11, Diário Oficial da União, sección 1, p. 32. Disponible en <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES112002.pdf>. Consultado el 20 de noviembre de 2019.

CNE: Conselho Nacional De Educação (2019), Resolução Nº 2, Diário Oficial da União, sección 1, p. 43–44. Disponible en <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES112002.pdf>. Consultado el 23 de noviembre de 2019.

Caria, T. (1999), “A reflexividade e a objectivação do olhar sociológico na investigação etnográfica”, Revista Crítica de Ciências Sociais, (55), p. 5-36.

Chiavenato, I. (1979), Teoria Geral da Administração, San Pablo, McGraw Hill do Brasil.

Culkierman, H. L. (2011), “Abrindo mão da polarização entre o técnico e o social/cultural. Pesquisas e Práticas Psicossociais”, 6, (2), Disponible en <http://www.ufsj.edu.br/portal2- repositorio/File/revistalapip/volume6_n2/Cukierman.pdf>. Consultado el 15 enero de 2020.

Evans-Pritchard, E. E. (1985), Antropologia social, Lisboa, Edições 70.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (2017), Santa Catarina em Dados / Unidade de Política Econômica e Industrial, Florianópolis, FIESC.

Frehse, F. (2011), Ô da rua: O transeunte e o advento da modernidade em São Paulo, San Pablo, Edusp.

Garsten, C. (1994), Apple World: Core and Periphery in a Transnational Organizational Culture, Philadelphia-EUA, Coronet Books Inc.

Geertz, C. J. (1998), “Sobre a autoridade etnográfica”, em Geertz, C. J.: A experiência etnográfica: Antropologia e Literatura no século XX, Río de Janeiro, Editora UFRJ.

Giddens, A. (1991), As conseqüências da modernidade, San Pablo, Editora UNESP.

Gil, A. C. (2019), Métodos e técnicas de pesquisa social, San Pablo, Atlas Editora.

Holholm, T. (2011), The contrary forces of innovation: an ethnografy of innovation in the food industry, Basingstoke, Palgrave Macmillan.

J. Júnior, P. (1996), “Etnografia, antropologia e o universo organizacional”, RAP, Río de Janeiro, 30, (6), p. 105-121.

Knorr-Cetina, K. (1983), The manufacture of knowledge: an essay on the constructivist and contextual nature of science, Oxford, Pergamon.

Latour, B. y S. Woolgar (2011), A vida de laboratório: a produção dos fatos científicos, Río de Janeiro, Relume-Dumará.

Linsingen, I. v. (2015), “Perspectivas curriculares CTS para o ensino de engenharia: uma proposta de formação universitária”, Linhas críticas, Brasilia, 21, (45), p. 297-317. Disponible en <https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/4536>. Consultado el 16 de febrero de 2020.

Malinowski, B. K. (1978), “Argonautas do Pacífico Ocidental”,en: Os Pensadores, 3ª ed. San Pablo, Abril Cultural.

Mayo, E. (1933), The human problems of an industrial civilization, Nueva York, The Macmillan Company.

Marconi, M. A. y Lakatos, E. M., (2017), Metodologia científica. Ed. San Pablo, Atlas.

Merton, R. (1973), The sociology of science: theoretical and empirical investigations, Chicago, University of Chicago Press, p. 286-324.

Moraes, R. (2006), Da noite ao dia: tomada de consciência de pressupostos assumidos dentro das pesquisas sociais. Porto Alegre.

Nose, M. M. y D. A. N. Rebelatto (2001), “O perfil do engenheiro segundo as empresas”, 29º Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, COBENGE, ABENGE, Puerto Alegre. Disponible en<http://www.abenge.org.br/cobenge/arquivos/18/trabalhos/DTC007.pdf>. Consultado El 22 de febrero de 2020.

Serva, M.y P. J. Junior (1995), “Observação participante e pesquisa em administração: uma postura antropológica”, Revista de Administração de Empresas, 35, (1), p. 64-79. Disponible en <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901995000300008>. Consultado el 25 de febrero de 2020.

Sismondo, S. (2014), An Introduction to science and technology studies. Malden, Blackwell.

Spiess, M. y M. A. Mattedi (2010), “Da associação à dissolução da rede sociotécnica do processador de texto Fácil: subsídios para uma etnografia da tecnologia”, MANA, 16, (2), p. 435-470. Disponible en <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-93132010000200008&script=sci_abstract&tlng=pt>. Consultado el 27 de febrero de 2020.

Schartzman, H. (1993), Ethnography in organizations, Londres, Sage.

Veloso, L., Lucas, J y P. Rocha. (2015),“Uma etnografia das práticas e dos processos de produção de conhecimento em empresas e laboratórios”, Sociologia [online], 29, p.11-34. Disponible en <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-34192015000100002&lng=pt&nrm=iso>. Consultado el 14 de febrero de 2020.

Vinck, D. (org.) (2013), Engenheiros no cotidiano: Etnografia da atividade de projeto e de inovação, Belo Horizonte, Fabrefactum.

Weber, M. (1999), Economia y sociedad: Esbozo de sociologia comprensiva, 2ª ed., México, Fondo de Cultura Económica.

Woolgar, S. (1982), “Laboratory studies: a comment on the state of the art”, Social Studies of Science, 12, p. 481-498.

Publicado

2021-08-22

Como Citar

Bezerra Rodrigues de Melo, J. G. ., Teixeira Coelho, J. ., Freire Wirmond, K. P. ., dos Santos, V. H. ., MATOS, B. T. P. de, & L. M. dos Reis SAYÃO, M. (2021). Sinalizando a etnografia como estratégia para a compreensão da ação técnica do engenheiro em empresas da Microrregião de Blumenauão da ação técnica do engenheiro em empresas da região do Vale do Itajaí. Redes. Revista De Estudios Sociales De La Ciencia Y La Tecnología, 26(51). https://doi.org/10.48160/18517072re51.39

Edição

Seção

Artigos