Biossociabilidade e biopolítica: reconfigurações e controvérsias em torno dos híbridos nanotecnológicos
DOI:
https://doi.org/10.48160/18517072re29.248Palavras-chave:
biopolítica, biossociabilidade, nanotecnologiaResumo
As novas tecnologias de manipulação da vida, em especial aquelas que operam em nível molecular, acenam com a possibilidade de perfectibilidade indefinida do corpo humano. Para alguns autores, estaríamos na iminência de uma “solução” técnica para o sonho milenar da imortalidade. Partindo de outra linha de argumentação, acreditamos que tal constatação requer uma questão preliminar: o que significa produção e reprodução da vida em tal contexto tecnológico? Constatamos inicialmente que as novas tecnologias de manipulação da vida operam em uma escala em que certas diferenças culturalmente relevantes se tornam problemáticas –como aquelas entre o orgânico e o inorgânico, entre o que é matéria e o que é informação, entre o que está vivo e o que é inanimado–. Este artigo procura refletir acerca dessa zona limite –campo de confluência da biologia molecular e da nanotecnologia– buscando explorar as questões políticas, éticas e culturais que subjazem à perspectiva de uma sociedade que se articula em torno de uma dimensão de experiência técnica literalmente molecular.
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