Biossociabilidade e biopolítica: reconfigurações e controvérsias em torno dos híbridos nanotecnológicos

Autores/as

  • Jonatas Ferreira Professor Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), coordenador do Núcleo de Ciência, Tecnologia e Sociedade, membro da rede de pesquisa ID – Inovação, Democracia e Desenvolvimento e pesquisador financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ)
  • Rosa Maria Leite Ribeiro Pedro Professora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social – EICOS/UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.48160/18517072re29.248

Palabras clave:

biopolítica, biossociabilidade, nanotecnologia

Resumen

As novas tecnologias de manipulação da vida, em especial aquelas que operam em nível molecular, acenam com a possibilidade de perfectibilidade indefinida do corpo humano. Para alguns autores, estaríamos na iminência de uma “solução” técnica para o sonho milenar da imortalidade. Partindo de outra linha de argumentação, acreditamos que tal constatação requer uma questão preliminar: o que significa produção e reprodução da vida em tal contexto tecnológico? Constatamos inicialmente que as novas tecnologias de manipulação da vida operam em uma escala em que certas diferenças culturalmente relevantes se tornam problemáticas –como aquelas entre o orgânico e o inorgânico, entre o que é matéria e o que é informação, entre o que está vivo e o que é inanimado–. Este artigo procura refletir acerca dessa zona limite –campo de confluência da biologia molecular e da nanotecnologia– buscando explorar as questões políticas, éticas e culturais que subjazem à perspectiva de uma sociedade que se articula em torno de uma dimensão de experiência técnica literalmente molecular.

Citas

Agamben, G. (1997), Homo Sacer. Le pouvoir souverain et la vie nue, vol. 1, Paris, Senil.

Agamben, G. (2006), A Linguagem e a Morte, Belo Horizonte, Editora da ufmg.

Agamben, G. (2004), Estado de Exceção, Rio de Janeiro, Boitempo.

Bodwitz, H. J., H. Buurma, y G. H. Vries (1999), “Regulatory science and the social management of medicine”, en W. Bijker, T. Hughes y T. Pinch (eds.), The social construction of technological systems, Massachusets, The mit Press.

Callon, M. (1999), “Society in the making: the study of technology as a tool for sociological analysis”, en Bijker, W., T. Hughes y T. Pinch (eds.), The social construction of technological systems, Massachusetts, The mit Press.

ECT - Action Group on Erosion, Technology and Concentration (2007), Extreme Genetic Engineering: An Introduction to Synthetic Biology, .

Ferreira, J. (2002), “O Alfabeto da Vida. Da reprodução à produção”, Lua Nova, 55-56, pp. 219-240.

Ferreira, J. (2003), “A Produção de Memória Biotecnológica e suas Conseqüências Culturais”, rbcs, vol. 18, N° 53, pp. 97-109.

Ferreira, J. (2006), Nanotech Rx. Medical Applications of Nano-scale technologies: What impact on marginalized communities?, disponível em .

Foucault, M. (1988), História da Sexualidade. A vontade de saber, vol. 1, Rio de Janeiro, Graal.

Foucault, M. (1998), O Nascimento da Clínica, Rio de Janeiro, Forense-Universitária.

Foucault, M. (2002), Vigiar e punir, Petrópolis, Vozes.

Foucault, M. (2002b), Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976), São Paulo, Martins Fontes.

Jonas, H. (2004), O Princípio Vida. Fundamentos para uma biologia filosófica, Petrópolis, Editora Vozes.

Latour, B. (2000), Ciência em Ação, São Paulo, unesp.

Latour, B. (2001), A Esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos científicos, São Paulo, edusc.

Kearnes, M. y P. Macnaghten (2007), “Introduction: (Re)Imaging Nanotechnology”, Science as Culture, vol. 15, pp. 279-280.

Martins, P. R. (ed.) (2005), Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente. 1º. Seminário Internacional, São Paulo, Associação Editorial Humanitas.

Martins, P. R. (ed.) (2006), Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente. 2º. Seminanosoma, São Paulo, Xamã.

mct – Ministério de Ciência e Tecnologia (2003), Desenvolvimento da Nanociência e da Nanotecnologia, disponível em .

nti – National Nanotechnology Initiative (2005), Nanobiotechnology: Report of the National Nanotechnology Initiative Workshop, 9-11, 2003. usa, nsct.

Rabinow, P. (2002), Antropologia da Razão, Rio de Janeiro, Relume-Dumará.

Rabinow, P. y N. Rose (2003),” Foucault Today”, en Rabinow, P. y N. Rose (eds), The essential Foucault: selections from the essential works of Foucault, 1954-1984, Nova York, New Press.

Rose. N. (2001), “The politics of life itself”, Theory, Culture & Society, vol. 18, N° 6, pp. 1-30.

The Royal Society & the Royal Academy of Engineering (2004), Nanoscience and Nanotechnologies: Opportunities and Uncertainties.

Serres, M. (2003), Hominiscências – o começo de uma outra humanidade, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil.

Descargas

Publicado

2022-09-12

Cómo citar

Ferreira, J., & Leite Ribeiro Pedro, R. M. (2022). Biossociabilidade e biopolítica: reconfigurações e controvérsias em torno dos híbridos nanotecnológicos. Redes. Revista De Estudios Sociales De La Ciencia Y La Tecnología, 15(29), 177–196. https://doi.org/10.48160/18517072re29.248