Perspectiva feminista em programas de pós-graduação CTS: diagnóstico sobre suas limitações

Autores/as

  • Letícia Azevedo Januário Universidade Federal de São Carlos
  • Jussara Ribeiro de Oliveira Universidade Federal de São Carlos
  • Etiene Rocha ROCHA Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.48160/18517072re50.10

Palabras clave:

epistemologia feminista, recortes de genero, CTS

Resumen

A perspectiva feminista nos estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) questiona a estrutura sexista do campo científico e tecnológico, a existência de estereótipos femininos e as relações de poder na área, assim como defende a necessidade de maior representatividade feminina e da diversidade na Ciência e Tecnologia. Com a ampliação de correntes e recortes de atuação feminista, se faz necessário investigar o quanto, e de que forma, isso tem permeado o campo CTS. Nesse sentido, buscou-se verificar se as autoras feministas referenciadas nas disciplinas dos cursos interdisciplinares CTS ainda são, na maioria, mulheres brancas dos países do hemisfério norte. Para tanto, realizou-se uma análise exploratória e descritiva das bibliografias das disciplinas com foco nos estudos CTS e os estudos feministas do campo. A identificação dos programas de pós-graduação stricto sensu relacionados ao enfoque CTS no Brasil foi realizada por meio de uma busca na Plataforma Sucupira da Capes. Pôde-se comprovar a tese de que as autoras feministas mais referenciadas ainda são, na maioria, mulheres brancas dos países do hemisfério norte que não se identificam com a agenda científica dos países “marginalizados”, assim como as especificidades das mulheres negras, indígenas ou LGBTs que compõem o Brasil

Citas

Anderson, E. (2002), “Feminist Epistemology and Philosophy of Science”, Stanford Encyclopedia of Philosophy, Stanford Centre for the Study of Language and Information, disponíble en: https://plato.stanford.edu/entries/feminism-epistemology/

Bauchspies, W., Croissant, J. e S. Restivo (2006), Science, Technology, and Society: A Sociological Approach, Londres, John Wiley & Sons.

Bíblia (2015), “Mateus”, en Bíblia, A Bíblia Sagrada: Velho e Novo Testamento, Salt Lake City, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, pp.1445-1507.

Bottoni, A., Sardano, E. J. e G. B. Costa Filho (2013), “Uma breve história da Universidade no Brasil: de Dom João a Lula e os desafios atuais”, en S. S. Colombo (org.) Gestão Universitária: os caminhos para a excelência, Porto Alegre, Penso.

Etzkowitz, H. e N. Gupta (2006), “Women in Science: A Fair Shake?”, Minerva, 44, (2), pp.185-199.

García, M.I.G. e E.P. Sedeño (2002), “Ciencia, Tecnología y Género”, Revista Iberoamericana de Ciencia, Tecnología, Sociedad e Innovación, 2, p. 5.

Harding, S. (2016), “Latin American Decolonial Social Studies of Scientific Knowledge”, Science, Technology, & Human Values, 41, (6), pp. 1063-1087.

Hess, D.J. et al. (2016), “Structural Inequality and the Politics of Science and Technology”, en Felt, U.; Fouché, R.; Miller, C.A. y L. Smith-Doerr (eds.), The Handbook of Science and Technology Studies, Cambridge, MIT Press, pp. 319-347.

Japiassu, H. (2011), “Porque a ciência já nasceu machista?”, en Japiassu, H.

Ciências: questões impertinentes, São Paulo, Ideias e Letras, pp.17-49.

Lugones M. (2014a), Rumo a um feminismo descolonial, Revista Estudos Feministas, 22, (3), pp. 935-952.

Lugones, M. (2014b), “Colonialidad y género”, en Miñoso, Y.E., Correal, D.G. e K.O. Muñoz (eds.), Tejiendo de outro modo: feminismo, epistemologia y apuestas descoloniales em Abya Yala, Popayán, Editorial Universidad del Cauca, pp. 57-73.

Miñoso, Y.E., Correal, D.G. e K.O. Muñoz (eds.) (2014), Tejiendo de outro modo: feminismo, epistemologia y apuestas descoloniales em Abya Yala. Popayán, Editorial Universidad del Cauca.

Miqueo, C. et al. (2011), Ellas también cuentan: cientificas en los comités de revistas biomédicas, Zaragoza, Prensas Universitárias de Zaragoza.

Moser, I. (2006), “Sociotechnical Practices and Difference”, Science, Technology, & Human Values, 31, (5), pp. 537-564.

Rossiter, M.W. (1993), “The Matthew Matilda Effect in Science”, Social Studies Of

Science, 23, (2), pp. 325-341.

Schiebinger, L (1999), “Gender Studies of STS: A Look Toward the Future”, Science, Technology and Society, 4, (1), pp. 95-106.

Sismondo, S. (2010), An introduction to Science and Technology Studies, Londres, Wiley- Blackwell.

Subramaniam, B. et al. (2016), “Feminism, Postcolonialism, Technoscience”, en Felt, U.; Fouché, R.; Miller, C.A. e L. Smith-Doerr (eds.), The Handbook of Science and Technology Studies, Cambridge, MIT Press, pp. 407-433.

Descargas

Publicado

2020-07-01

Cómo citar

Letícia Azevedo Januário, Jussara Ribeiro de Oliveira, & ROCHA, E. R. (2020). Perspectiva feminista em programas de pós-graduação CTS: diagnóstico sobre suas limitações. Redes. Revista De Estudios Sociales De La Ciencia Y La Tecnología, 26(50), 53–69. https://doi.org/10.48160/18517072re50.10

Número

Sección

Artículos